O impacto do uso excessivo de tecnologia na vida dos jovens e o detox digital como solução.

Na era digital, o celular é parte essencial da vida de adolescentes, mas o uso excessivo pode gerar impactos preocupantes. Um estudo realizado em Portugal revelou que mais de 83% dos adolescentes possuem celular próprio, com muitos passando de 3 a 5 horas por dia conectados. Essa hiperconectividade está associada à ansiedade, isolamento social e dificuldades de concentração, além de criar barreiras nos relacionamentos familiares e interpessoais.

Pais e tutores têm papel fundamental na mediação do uso da tecnologia. Muitos reconhecem que a pandemia de COVID-19 agravou a dependência digital, mas ainda são poucos os que utilizam estratégias efetivas para controlar o tempo de tela. Apenas 25% dos responsáveis aplicam regras, como horários limitados ou supervisão ativa, enquanto a maioria ainda não adota medidas concretas.

Nesse cenário, o movimento de detox digital surge como uma alternativa viável e necessária. O conceito propõe pausas planejadas no uso de dispositivos eletrônicos, incentivando atividades que não envolvem telas, como brincadeiras ao ar livre, leitura e esportes em equipe. Essas práticas ajudam a reduzir o estresse e promover a reconexão com o mundo físico.

Apesar dos desafios, o detox digital também é uma oportunidade de reavaliar hábitos. Trocar a dependência tecnológica por momentos de interação social e familiar pode trazer benefícios duradouros. Estratégias simples, como estipular períodos sem celular e oferecer atividades alternativas, são passos importantes para combater essa dependência e melhorar a qualidade de vida dos jovens.

Fonte: Cunha e Silva, M. M. Por detrás dos ecrãs: da utilização dos telemóveis ao detox digital.

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